O Piauí já não é o estado mais pobre do Brasil, foi o que revelou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado hoje pelo IBGE e Fundação Cepro. O setor industrial foi o que apresentou melhor desempenho e impulsionou a economia do estado.
Comparada aos dois últimos anos, esta foi a menor taxa de crescimento registrada no Piauí, o índice de 4,2% em 2010 foi dois pontos percentuais menor do que em 2009. A queda no ritmo de crescimento do estado foi influenciada por problemas enfrentados por atividades econômicas como a agropecuária, por causa da seca.
“O ano de 2010 foi um dos primeiros anos já que começou a sentir os efeitos da seca. Já 2011 e 2012 os números ainda não são revelados, mas provavelmente a situação será bem pior nesse setor. Sofrendo bem mais efeitos negativos”, informa Pedro Soares, supervisor do IBGE no Piauí.
Apesar da queda, nos últimos três anos pesquisados, o estado acumulou um crescimento de 19,2%, com média anual de 6,4, acima da nacional (4,13%). A taxa de crescimento 2010 foi impulsionada pelas atividades industriais que cresceram 16,5%, com destaque para construção civil.
Segundo o Cagede (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o estado deve um saldo de quase 19 mil novos empregos com carteira assinada.
Os dados divulgados pela Fundação Cepro relevam que pela primeira vez o Piauí deixa de ocupar incomoda a posição de menor renda per capita do país. Esse índice é calculado pela divisão do PIB, que são as riquezas acumuladas pela população do estado, o valor total de pouco mais de R$ 7 mil superou o Maranhão, mas ainda está abaixo da média nacional, que é de quase R$ 20 mil.
“O Piauí tem reagido bem a economia, se pegar os últimos 8 anos, por exemplo, o nosso crescimento é o dobro do Brasil e também maior do que o Nordeste. Essa renda per capita termina se revertendo nela”, afirma Raimundo Filho, presidente da Fundação Cepro.
Pegando como base a série de 2002 a 2010, o Piauí apresentou um crescimento acumulado de 52,5%, o segundo maior da região Nordeste. Nesse mesmo período, o país acumulou o crescimento de 37%, mesmo assim, o estado respondeu por apenas 0,6% do PIB brasileiro, com valor total de R$ 22 bilhões.
“O Piauí, sobretudo a região dos Cerrados, ele é muito rico em potencialidades. Então, é rico em capacidade de desenvolver mais a agropecuária, ele tem muito a questão mineral, que é pouco explorada. São caminhos que o estado, com toda certeza, vai ter que desenvolver esses setores para ter um crescimento ainda mais pulsante”, destaca, Joana D’Arc Fortes, economista Fundação Cepro.
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