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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Brasileiras vítimas do câncer de mama expõem suas cicatrizes em prol da auto-estima

Uma mulher vítima do câncer de mama pode ter sua auto-estima dilacerada. Mas também pode (e deve) dar a volta por cima e recuperar sua feminilidade.

Há pouco mais de dez anos, o fotógrafo norte-americano David Jay decidiu focar o seu trabalho em prol da causa e começou a fotografar mulheres vítimas do câncer de mama com suas cicatrizes expostas.
Batizado de The Scar Project, neste mês, em comemoração ao Outubro Rosa, a exposição ganha, pela primeira vez, a sua versão brasileira com cerca de 27 imagens de mulheres que lutaram com a doença - e sobreviveram no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, no Rio de Janeiro.

Como começou?

David Jay se comoveu com o drama de uma amiga, que, aos 29 anos, foi diagnosticada com câncer de mama. Jay, que a fotografava desde que tinha 17 anos, queria fazer algo e contou à imprensa que entende que as fotos são uma maneira de enfrentar, compreender e aceitar.
“Eu a vi logo depois da mastectomia (cirurgia de retirada da mama) e sabia que iria fotografá-la novamente. Assim fiz. Entendi que tirar fotos é a minha maneira de enfrentar, compreender e aceitar as coisas."

Daí em diante, centenas de mulheres foram clicadas e as fotos correram o mundo. Esta é a primeira vez que brasileiras posam como modelos do projeto e, entre elas, está a socióloga Viviane Oliveira (foto acima). “As pessoas, mesmo que neguem, nos julgam e se importam com a aparência. Sobrevivi ao câncer, estou sobrevivendo ao sofrimento. Estou cada vez mais forte”, afirma.
A vinda do projeto para o Brasil foi iniciativa da Fundação Laço Rosa, que atua disseminando informações de prevenção ao câncer de mama, em parceria com a ONG Niterói Mais Humana. "Espero que este trabalho seja instigante para o público no Brasil e que eles possam se envolver em um nível que ultrapasse a doença”, ressalta Jay à imprensa.
O The Scar Project busca alertar para a detecção precoce do câncer de mama, além de ajudar jovens que passaram por este momento a encarar suas cicatrizes por um novo ângulo, uma nova lente. Desde o início do projeto, mais de cem mulheres em vários países já foram clicadas.

Fonte: Brasil Post
Por Bruno Santana

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