Um vídeo divulgado na web na noite deste sábado (31) mostra o jornalista japonês Kenji Goto sendo decapitado por militantes do Estado Islâmico, de acordo com informações da agência de notícias Associated Press.
As imagens, postadas em sites e redes sociais de rebeledes e seus simpatizantes, traz o símbolo do al-Furqan, braço midiático do grupo que reinvindica a fundação de um califado em uma ampla área que abrange um terço dos territórios da Síria e do Iraque.
Batizado de "Uma Mensagem ao Governo do Japão", o vídeo mostra um rebelde de sotaque britânico ao lado do jornalista, vestido com roupas laranjas de prisioneiro, ajoelhado em um local desértico. Todo o cenário já é praxe nas imagens de ameaças e decapitações produzidas pelo grupo, que tem filmado ações intimidando cidadãos estrangeiros como forma de exigir milionárias recompensas para investir em práticas terroristas. Goto permanece mudo ao longo de todo o vídeo, de um minuto de duração.
"Abe", diz o rebelde nas imagens, em referência ao primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe. "Devido à sua decisão imprudente de tomar parte em uma guerra impossível de vencer, este homem não só irá matar Kenji, como vai continuar a causar carnificina onde quer que seu povo seja encontrado. Que comece o pesadelo para o Japão."
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Goto foi sequestrado na Síria em outubro, quando viajou ao país com o objetivo de libertar o colega Haruna Yukawa. O drama pela libertação dos dois começou há pouco mais de uma semana, após militantes divulgarem um vídeo com suas imagens ameaçando de matá-los se o Japão não pagasse US$ 200 milhões (R$ 532 milhões) de resgate por eles em 72 horas.
A Jordânia e o Japão conduziram negociações com os militantes por meio de líderes tribais iraquianos, mas não conseguiram chegar a um acordo. Yukawa foi decapitado pelo Estado Islâmico no último sábado (24), exatamente uma semana antes do assassinato de Goto.
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