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terça-feira, 31 de março de 2015

Heráclito fala dos 100 dias de Dilma e lembra as 'mentiras' da campanha

Depois de 13 anos longe da Câmara, o deputado federal Heráclito Fortes (PSB) voltou à tribuna no Grande Expediente, nesta segunda-feira (30), para um balanço dos primeiros 100 dias do governo Dilma Rousseff, que serão completados na próxima semana e, como se vê, não tem nada de positivo a apresentar até agora. “Aliás, está imerso em desconfianças, maus resultados, incompetência administrativa, paralisia. Já teve três trocas de ministros e há outras em curso”, destacou.

Heráclito deixa claro que não torce pelo "quanto pior, melhor", ao contrário, "me preocupo porque quem mais sofre nas crises é justamente a parte mais pobre da população. Temos investimentos suspensos, concursos adiados, projetos que não vão receber recursos. E o desemprego vai bater à porta de muita gente”, disse Heráclito, citando matéria do jornal Correio Braziliense desta segunda-feira (30), que destaca que serão mais de um milhão e duzentos mil desempregados este ano por causa da estagnação da economia brasileira.
Os analistas do mercado já estimam inflação acima de 8% e queda do PIB de 1%. "E o pior é que não temos visto seriedade para mudar essa realidade. Dilma Rousseff mentiu sobre a crise econômica durante toda campanha e agora os brasileiros é que vão pagar a conta", argumenta o parlamentar.
O deputado também cita o programa de creches prometido pela presidente, e ainda o Pronatec, carro chefe da campanha presidencial. O primeiro está travado e será revisto e o segundo está parado e com escolas sem receber o dinheiro devido. "Além destas falhas ainda temos a troca de ministros logo no início do Governo e a presença do tesoureiro da campanha de Dilma na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O setor, que já foi criticado inclusive internamente, deveria ser ocupado por um jornalista ou publicitário”, dispara.
CORRUPÇÃO NO GOVERNO
Para Heráclito, a corrupção também é um grave problema não só do governo Dilma, mas do PT. Heráclito disse que há alguns anos foram encontradas evidências na CPI das ONGs, proposta por ele no Senado, de que fundos de pensão das estatais estavam sendo utilizados politicamente pelo PT. "Na época as investigações não foram para frente, mas hoje vemos rombos como o do Fundo de Pensão dos Correios (Postalis), que deve mais de R$ 6 bilhões", estimou.
HERÁCLITO CONCLAMA O CONGRESSO NACIONAL A INVESTIGAR FUNDOS
Heráclito pede para que o Congresso se debruce sobre esse escândalo e também sobre os demais fundos de previdência de outras estatais que sofrem o mesmo tipo de ingerência política, como nos fundos de pensão da Petrobras, Petros; da Caixa Econômica Federal, Funcef; e do Banco do Brasil, a Previ. Além disso, destacou a necessidade de investigar a fundo a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seus empréstimos sigilosos. "Balanço divulgado mostra que só com a Petrobras, o BNDES perdeu R$ 2,6 bilhões”, acrescenta.
NO GOVERNO LOCAL AS "VELHAS PROMESSAS"
Heráclito Fortes também criticou a falta de investimentos no Piauí e repreendeu as velhas promessas que continuam no papel como o Centro de Convenções, as hidrelétricas, o Porto de Luís Correia e a Ferrovia Transnordestina.
“Impressiona a falta de propostas do governador Wellington Dias para o estado e a primeira coisa que faz, ao assumir o governo, é propor uma reforma administrativa, a mesma que propôs das outras vezes, que mostra que as que ele fez não deram certo. Depois, como não tem recursos para administrar, propõe a formação de parcerias público-privadas”, alfineta Heráclito.
É, basta lembrar da tal da FINATEC, que já fez uma reforma questionável neste estado.

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