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sábado, 9 de maio de 2015

Mães afro-americanas protestam contra violência policial nos EUA

Marcha foi até o Departamento de Justiça com cartazes exigindo mudanças.
Ato foi organizado por grupo de mães que tiveram filhos mortos pela polícia.

Da EFE
Mães que perderam filhos vítimas de violência policial fazem marcha em Washington, nos EUA (Foto: Gabriella Demczuk/Getty Images/AFP)Mães que perderam filhos vítimas de violência policial fazem marcha em Washington, nos EUA (Foto: Gabriella Demczuk/Getty Images/AFP)
Centenas de mães afro-americanas dos Estados Unidos protestaram neste sábado (09), em Washington, contra o racismo e a violência policial, problemas que algumas delas conhecem de perto já que seus filhos morreram assassinados por integrantes das forças de segurança americanas.
Na véspera do Dia das Mães nos EUA, a manifestação "Millions Moms March" percorreu uma das principais avenidas da capital americana até o Departamento de Justiça, com cartazes que exigiam mudanças.
As mães se uniram a outros cidadãos para pedir o fim dos abusos e do racismo. Eles reivindicam também que os policiais que incorrerem nesse tipo de prática sejam punidos.
Grupo de mães marcham contra a brutalidade policial em frente ao Departamento de Justiça em Washington, nos EUA (Foto: Jose Luis Magana/AP)Grupo de mães marcham contra a brutalidade policial em frente ao Departamento de Justiça em Washington, nos EUA (Foto: Jose Luis Magana/AP)
A manifestação ocorreu pouco depois de a Justiça dos EUA abrir uma investigação federal para determinar se o Departamento de Polícia de Baltimore, no estado de Maryland, comete abusos e discrimina racialmente os cidadãos quando prende, vigia ou investiga suspeitos.
A cidade viveu na semana passada um dos piores protestos em décadas após a indignação gerada pela morte do jovem negro Freddie Gray por causa de uma lesão na medula espinhal produzida durante sua detenção.
A marcha que percorreu Washington hoje foi organizada pelo grupo "Mothers for Justice United", formada por mães que tiveram seus filhos assassinados por policiais, e a entidade "Coalition for Justice".
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Manifestantes caminham na Avenida Pennsylvania, em Washington, contra a violência policial (Foto: Andrew Caballero-Reynalds/AFP)Manifestantes caminham na Avenida Pennsylvania, em Washington, contra a violência policial (Foto: Andrew Caballero-Reynalds/AFP)
A fundadora do "Mothers for Justice United", Maria Hamilton, perdeu seu filho de 31 anos, morto em Milwaukee (Wisconsin) por um policial que disparou 14 vezes.
"Queremos que o governo federal mude as leis. Precisamos que todos os policiais do país estejam sob a mesma regulação para nos proteger", disse Maria à emissora "WITI-TV".
Após a morte de Michael Brown no ano passado no Missouri, Freddie Gray se transformou em um novo símbolo da brutalidade policial e do racismo contra minorias nos Estados Unidos, um problema reconhecido pelo presidente Barack Obama.
Maria Hamilton, mãe de Dontre Hamilton, que foi morto por um policial em um estacionamento no centro de Milwaukee, fala durante marcha contra brutalidade policial em Washinton, nos EUA (Foto: Jose Luis Magana/AP)Maria Hamilton, mãe de Dontre Hamilton, que foi morto por um policial em um estacionamento no centro de Milwaukee, fala durante marcha contra brutalidade policial em Washinton, nos EUA (Foto: Jose Luis Magana/AP)
Jovens negros como Gray e Brown correm 21 vezes mais risco de receberem tiros da policia do que os brancos, de acordo com um relatório elaborado pela organização "ProPublica" a partir de dados dos órgãos de segurança.
Após a investigação sobre a Polícia de Baltimore, o Departamento de Justiça publicará um relatório similar ao elaborado após a morte de Brown.
No documento, o departamento concluiu que os agentes de Ferguson (Missouri), majoritariamente brancos, mantinham práticas abusivas e racistas, o que levou à demissão do chefe Tom Jackson.

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