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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Os humanos quase invisíveis da periferia de Parnaíba


                                        Residências do local

Há poucos dias, após lermos o artigo de autoria do amigo Fernando Gomes, denominado Parque José Estevão: a república dos desvalidos”, fomos checar in locoa situação dos que vivem no local. Realmente são seres humanos quase invisíveis, destes que os governantes só enxergam em períodos de eleição, quando deles se aproximam para prometerem, mentirem desavergonhadamente como faz a maioria dos que pleiteiam cargos eletivos de 2 em 2 anos.

O que vimos confirma o que havia dito o articulista: “Lá (nas proximidades do lixão da Parnaíba) se reflete o pleno descaso do poder público; a incapacidade de assegurar condições mínimas de habitação digna e de ofertar os serviços públicos básicos àquela população sofrida. Lá eles estão sem escola, posto de saúde, creche, praça, igreja, quadra de esportes, sem ruas pavimentadas e uma grande parcela ainda sem acesso a água potável, iluminação pública e com escassez de alimentos”.

                                       Não há quadras esportivas

A rede de proteção social promovida pelo governo federal através dos programas de transferência de renda ainda estão longe de ser a solução. O “Bolsa Família”, maior promotor da renda no bairro, não passa de um paliativo que ameniza a fome de muitos ali. Falta uma política de emancipação, um programa de governo que tire as pessoas da condição miserável de dependência de um recurso que sequer dá para adquirir uma alimentação em quantidade e qualidade desejável a uma boa saúde humana.

Para piorar, a droga se instala primeiro que o poder público. Aí a degradação social é voraz. Violência, promiscuidade e fome são percebidas em toda a extensão territorial do bairro. A presença do poder público se dá notadamente em duas situações, pela ida do SAMU ou da viatura da Polícia Militar.
Está na cara que cada vez mais a cidade vai pagar pela falta de investimentos na tentativa de reduzir as desigualdades sociais.  Quanto custa cuidar das pessoas, especialmente as desprotegidas? Quanto custa uma vida de um(a) jovem interrompida pela violência? A mudança deste cenário só virá com uma profunda reforma na cidade, uma reforma séria, comprometida e fundamentada em princípios éticos e morais.

                           Iluminação pública à base de "gambiarra"

Ao invés de distribuir graciosas portarias, por que não promover o bem estar social???

P.S.: Quantos outros Parques José Estevão existem em outros bairros periféricos da cidade, que "é a que mais cresce no Nordeste". segundo apregoam na Prefeitura?!!!(B.Silva)

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